Em 2013, o mundo da família Laspisa virou de cabeça para baixo quando o filho Bryce desapareceu após dias de comportamentos estranhos. Mais de sete anos depois, ninguém sabe o que aconteceu com esse jovem que tinha tanto a seu favor e que parecia feliz apenas 24 horas antes.
Esse é o primeiro caso que nós lançamos primeiro como um episódio do podcast e no dia seguinte como um post aqui do blog. Eu recomendo que vocês escutem o episódio no Spotify ou em qualquer outra plataforma que você prefira, porque é uma discussão bem legal. E aqui no blog, é claro, você encontra mais detalhes, mais fotos e mais informações.
O desaparecimento do Bryce em si tem suas estranhezas, é claro, senão eu não resolveria investigar. Mas o passado de Bryce e sua família também tem um certo tom de mistério. Após o desaparecimento dele seus pais pintaram o retrato de um filho perfeito em uma família linda e amorosa. Porém o que eu descobri investigando aqui do meu sofá é bem diferente disso. Mas vamos por partes. Primeiro você precisa saber quem é esse tal de Bryce Laspisa.
Ele nasceu em abril de 1994 e alguns meses depois foi adotado por Karen e Michael Laspisa, que não tinham outros filhos. Em 2012, Bryce se formou na Naperville High School em Illinois, e em 2013 os pais de Bryce se aposentaram e resolveram se mudar para a cidade de Laguna Niguel, na Califórnia. Já Bryce se mudou para Chico, uma cidade que também fica na Califórnia, para começar a faculdade no Sierra College. Na época de seu desaparecimento, em agosto de 2013, ele estava no início do segundo ano da faculdade de desenho industrial.
Parecia estar indo tudo bem e normal na vida de Bryce. Ele tinha se saído bem na faculdade no ano anterior, tinha muitos amigos e uma namorada que ele aparentemente adorava chamada Kimberly Sly. Mas durante as investigações seus amigos relataram que Bryce estava bebendo muito e se drogando nas duas semanas anteriores ao seu desaparecimento.
As coisas começaram a desandar no dia 27 de agosto de 2013. Naquele dia, a namorada de Bryce, Kim percebeu uma mudança em seu comportamento e ficou preocupada. Não está claro exatamente o que ele estava fazendo que a preocupou tanto, mas ele admitiu para ela que havia tomado um comprimido de Vyvanse, um remédio geralmente usado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) que não foi prescrito para ele. E pra quem não sabe, o Vyvanse e o Adderall (que são os medicamentos mais comumente prescritos para tratar TDAH) quando consumidos sem prescrição e por quem não tem esse transtorno e não tem necessidade do medicamento, tem o mesmo efeito que a metamfetamina. Então é muito perigoso.
O colega de quarto de Bryce, Sean Dixon, alegou que Bryce havia tomado a droga para ajudá-lo a ficar acordado e jogar videogame a noite toda e que também havia bebido destilados durante o dia. Eu já virei a noite jogando videogame algumas vezes e isso é ok, mas é claro que eu preciso enfatizar que o Detetive do Sofá não aprova o uso de drogas que estimulem esse tipo de comportamento.
O comportamento de Bryce ficou ainda mais preocupante quando ele deu alguns de seus pertences a amigos. Ele deu a Kim um par de brincos de diamantes que eram de sua mãe e deu seu Xbox para Sean dizendo que não precisava mais dele.
No dia 28 de agosto, Sean ligou para a mãe de Bryce para expressar suas preocupações. Ele disse a Karen Laspisa que seu filho estava agindo fora do normal e que ele havia terminado o relacionamento com a namorada Kimberly via mensagem de texto na noite anterior, dizendo a ela que “ela estaria melhor sem ele”.
Segundo Sean, Bryce indicou que algo o estava incomodando, mas nunca explicou o que era esse “algo”. Algumas horas depois, o próprio Bryce ligou para a mãe da casa da namorada. Apesar de ter terminado com Kim na madrugada anterior, ele dirigiu até a casa dela a 140 km de distância. Ele insistia que estava bem, mas Kim pegou o telefone e disse a Karen que Bryce não estava agindo como ele mesmo e ela achava que ele não deveria dirigir.
Karen se ofereceu para visitar Bryce no dia seguinte. Ele disse a ela que queria conversar sim, mas pediu que ela não viajasse para encontrá-lo. Depois da conversa de mãe e filho, Kim voltou ao telefone e Karen disse a ela para devolver as chaves de Bryce, mas apenas se ele prometesse ligar para ela pela manhã. Bryce saiu da casa de Kim por volta das 23h30.
À 1 hora da madrugada de 29 de agosto, o telefone tocou na casa da família Laspisa. Karen acordou com o telefone tocando, mas não conseguiu atender a tempo. Ela imaginou que devia ser o filho avisando que havia voltado para casa e que tinha chegado em segurança. Mais tarde, registros telefônicos indicariam que Bryce fez a ligação quando estava em uma área deserta, a cerca de uma hora de distância de seu apartamento.
Por volta das 9 horas da manhã, Karen e Michael receberam uma mensagem da seguradora do carro de Bryce informando que ele havia solicitado ajuda depois de ficar sem gasolina em uma área a oeste de Bakersfield. Foi uma jornada de 563 km do local onde ele estava à 1 da manhã até onde a gasolina acabou.
O atendente da seguradora, chamado Christian, foi ao local onde Bryce estava e entregou três galões de gasolina para ele, que pagou pelos US$ 20 de combustível no cartão de crédito de seus pais.
Os registros de cobrança mostram que Bryce estava em uma cidadezinha chamada Buttonwillow e, devido à localização da cidade e à curta distância de Laguna Niguel, Karen e Michael presumiram que seu filho estava a caminho para visitá-los. Se Bryce tivesse permanecido naquela rota, ele teria chegado na casa dos pais em menos de duas horas.
Karen e Michael tentaram ligar para o filho, mas ele não atendeu a nenhuma ligação. Algumas horas depois, Bryce ainda não havia chegado e seus pais agora estavam andando de um lado para o outro esperando por notícias. Desesperados, eles ligaram para a seguradora e pediram ao funcionário que voltasse para verificar se Bryce ainda estava com algum problema. Quando Christian chegou ao local, ele surpreendentemente encontrou Bryce ainda sentado em seu carro no mesmo lugar onde o havia deixado.
Quando Christian perguntou a Bryce o que ele estava fazendo, ele respondeu: “Nada”. Christian ligou para Karen e disse que Bryce parecia bem, embora seus olhos estivessem um pouco vermelhos.
Karen finalmente falou com o filho por volta das 12h30. Karen disse pra ele ir até o próximo posto de gasolina, encher o tanque e vir para a casa deles. Os Laspisas esperavam que o filho chegasse em casa por volta das 15h, só que mais uma vez, a hora chegou e passou sem nenhum sinal de Bryce. Pelas próximas três horas, ele inexplicavelmente ignorou os telefonemas de seus pais.
Quando Karen e Michael rastrearam o celular do filho, eles descobriram que ele havia andado apenas 13 quilômetros durante as 9 horas que haviam se passado desde que ele recebeu a gasolina de Christian. Não se sabe por que Bryce não atendeu o telefone durante esse tempo.
Por volta das 19h, eles já estavam apavorados. Os pais entraram em contato com a Polícia Rodoviária da Califórnia, que procurou Bryce e o encontrou em seu veículo na Lagoon Drive, ainda em Buttonwillow. A polícia revistou seu carro em busca de drogas, mas não encontrou nada. Os policiais passaram 20 minutos com Bryce e conduziram um teste de sobriedade, no qual ele passou.
Só pra constar, eu pesquisei um pouco sobre essa cidade de Buttonwillow porque eu fiquei muito curiosa pra saber se tem alguma coisa interessante pra fazer lá, já que o Bryce passou o dia inteiro nesse lugar. Mas não tem nada. É um lugar que é basicamente uma parada no meio do caminho para os motoristas que estiverem viajando pela Interestadual 5 encherem o tanque. A cidade tem cerca de dois mil habitantes, é produtora de algodão, possui um dos maiores depósitos de lixo tóxico do país e os únicos pontos turísticos são uma árvore (cuja flor deu o nome da cidade) e um autódromo.
Bryce já era maior de idade, e como ele não estava embriagado nem havia cometido crimes, a polícia não podia fazer muito além de lhe dizer para ligar para seus pais e continuar sua jornada. Mas segundo os policiais, Bryce estava incrivelmente relutante em ligar para casa, então a polícia fisicamente discou o número para ele e o fez falar com sua mãe por volta das 20h. Ela mais uma vez pediu a ele que dirigisse para casa porque eles estavam muito preocupados.
Durante esse tempo ele ficou em contato com os pais por telefone e sempre que perguntavam onde ele estava ou pediam um ponto de referência no caminho, ele só respondia “segundo o gps eu vou estar aí às 23:13”. Deu 23:13 e nada de Bryce, que novamente parou de atender o telefone.
Segundo os registros de cartão de crédito, às 23h, Bryce parou em um posto de gasolina em Buttonwillow e comprou uma bebida por US$ 1,71. Depois, por volta das 23:25, ele ainda parou em outro posto de gasolina e comprou US$ 39 de combustível.
Seus pais ligaram novamente para a Polícia Rodoviária, e desta vez, os policiais encontraram Bryce e o seguiram de carro até a interestadual para se certificar que ele chegaria lá em segurança e seguiria viagem. Dessa vez, de acordo com o GPS de Bryce, ele deveria ter chegado em Laguna Niguel às 03h25.
Às 2h08 da manhã Bryce ligou para Karen e avisou que havia saído da interestadual e planejava dormir no carro. Nesse ponto, Bryce já estava acordado há mais de 48 horas, então Karen não discutiu sobre a decisão de Bryce de dormir um pouco. Ela disse para ele dormir um pouco no carro, comer alguma coisa e depois seguir viagem. Essa foi a última vez que ela falou com o filho.
Às 8h do dia 31 de agosto a campainha tocou na casa da família. Os pais se sentiram muito aliviados achando que Bryce finalmente tinha chegado. Mas era um oficial da Polícia Rodoviária da Califórnia batendo na porta da família Laspisa. As notícias não eram boas. O oficial perguntou a Karen e Michael se eles possuíam um Toyota Highlander 2003 bege, que era o carro que Bryce dirigia. Eles foram informados que às 5h30 da manhã o veículo havia sido encontrado abandonado no Lago Castaic, a duas horas da casa de Karen e Michael. O veículo havia batido e capotado, e foi encontrado tombado numa pequena estrada que margeava o lago. O carro caiu de um penhasco de 8 metros de altura.
A janela traseira do veículo havia sido quebrada, mas Bryce não estava em lugar nenhum. A polícia presumiu que ele estava no veículo quando bateu e ele escapou quebrando a janela traseira. Havia algum sangue no encosto de cabeça do passageiro e no banco de trás, mas não o suficiente para levar os investigadores a acreditarem que Bryce havia se ferido gravemente. Dentro do veículo estavam laptop, celular, carteira e uma mochila.
Marcas de pneus eram visíveis no penhasco, e dava para ver claramente por conde o carro havia passado por causa das marcas deixadas pelas rodas nas folhagens do matagal. Com base no padrão das marcas, a polícia pôde dizer que Bryce desceu o barranco a uma velocidade bastante alta e não fez nenhum esforço para usar os freios quando chegou ao final. A conclusão dos investigadores foi que Bryce tentou jogar o carro no lago na tentativa de tirar a própria vida. Mas ele não viu que abaixo do penhasco ainda não era o lago que se iniciava, e que na verdade ainda havia uma pequena estrada.
Grupos de busca imediatamente foram chamados à área onde o carro foi encontrado. Mergulhadores passaram dias procurando por Bryce no Lago sem sorte.
Durante a busca, os bombeiros do condado de Los Angeles responderam à um chamado na área para combater um incêndio florestal ao redor do lago. Para o horror de todos, o incêndio foi causado por um corpo em chamas. Mas felizmente para os Laspisas, após a autópsia ficou determinado que o corpo não era de Bryce, e sim de um homem chamado Lamondre Miles, de 35 anos. O cadáver foi “crivado de balas” durante uma briga por não pagar uma dívida com um traficante, antes de ser desovado no local e incendiado.
Embora os fatos apontassem para um esforço deliberado da parte de Bryce para prejudicar a si mesmo ou encenar sua própria morte, Karen e Michael, junto com os investigadores, agora se perguntavam se seu filho poderia ter se deparado com algo ele não deveria ter visto e se tornou uma vítima de assassinato.
Das imagens da câmera de segurança da estradinha por onde ele passou antes de resolver cortar caminho pelo meio do mato, a polícia conseguiu duas fotos estranhas. A primeira foto foi tirada às 2:15 da manhã, logo depois que Bryce falou com a mãe pela última vez, e mostrava o carro de Bryce subindo a estrada. A mesma câmera, às 4:29 da manhã registrou o carro de Bryce passando pelo mesmo lugar novamente. O que ele pode ter feito nessas duas horas em que ele passou exatamente no mesmo lugar?
No nono dia de busca, a polícia utilizou a ajuda de cães farejadores, que rastrearam o cheiro de Bryce do veículo até uma parada de caminhão. E foi aí que as pistas terminaram.
Ao mesmo tempo em que os investigadores procuravam qualquer vestígio de Bryce, também entrevistavam as pessoas mais próximas a ele. Foi então que eles souberam que ele havia dado os brincos e o xbox. Eles também ficaram chocados quando souberam que, na mesma noite que foi embora, ele mandou a seguinte mensagem para seu colega de quarto, Sean: “Eu te amo mano sério. Você é a melhor pessoa que já conheci e salvou minha alma.”
Pessoas que estão pensando em se suicidar costumam doar seus pertences e escrever cartas sinceras para pessoas importantes em suas vidas, mas Sean disse que não teve a impressão de que Bryce queria morrer ou que nunca planejou voltar.
O primeiro ponto que eu acho importante nós analisarmos são as atitudes dos pais de Bryce. Sinceramente, algumas das ações de Karen e Michael fazem pouco sentido para mim. Se Kim sentiu que Bryce estava agindo de forma estranha e não estava em condições de dirigir, por que Karen disse a ela para devolver as chaves do carro pra ele? Por que Karen ou Michael não dirigiram até onde o filho estava para buscá-lo, especialmente depois de descobrir que ele havia viajado apenas alguns quilômetros ao longo de várias horas e saber que ele ficou sentado no carro quase o dia todo? Não quero botar culpa neles, até porque eles perderam o filho e isso já deve fazer eles se sentirem péssimos.
Mas se meus amigos ligassem para os meus pais e dissessem que eu estava agindo de forma estranha, minha mãe teria dirigido / voado / corrido para onde eu estava sem a menor hesitação. Ou diria aos meus amigos para me levarem para um hospital. Ela nunca diria para me deixarem dirigir para casa. Também me pareceu estranho que os pais de Bryce não tenham ido a Buttonwillow. Minha mãe teria feito aquele policial sentar comigo até que ela mesma pudesse dirigisse as três horas de carro e chegasse lá. A falta de ação por parte de Karen não combina com a maneira como ela falava sobre quão próximos eles eram.
Eu consegui entrar em contato com um amigo de Bryce, da época em que ele era adolescente em Illinois. Esse amigo me contou um pouco sobre como era a relação entre pais e filho, e sobre a adolescência deles. Ele alegou que havia problemas entre Bryce e seus pais. “Karen e Bryce tinham um relacionamento de codependência, ela era extremamente controladora. O relacionamento dele com o pai era tumultuado, pois Mike perdia a paciência, gritava e brigava com Bryce por coisas tão triviais quanto não entender o dever de matemática. Não sei se o relacionamento já foi fisicamente violento, mas definitivamente havia muito abuso verbal e emocional acontecendo naquela casa, e não apenas com Bryce”.
A adolescência de Bryce foi marcada por alguns incidentes, como ser pego com êxtase e com bebidas alcoólicas na escola. Acho que é seguro presumir que esse comportamento continuou ou piorou ao longo dos anos.
Também fiquei sabendo através desse amigo que quando Bryce foi para a Sierra College, ele não o fez por motivação própria. Karen e Mike escolheram a faculdade para a qual ele iria, e simplesmente lhe informaram a respeito e o despacharam quando o ano letivo começou. “A decisão foi em parte baseada na disponibilidade de dormitórios, já que eles queriam Bryce fora de casa o mais rápido possível”.
A opinião desse amigo é a seguinte: “Para mim, suas ações foram um grande “foda-se” para seus pais manipuladores, controladores e abusivos. Qual a melhor maneira de fazer com que eles saibam que você está farto de tudo, do que destruindo intencionalmente o carro deles e deixando para trás tudo que eles pagaram com seu dinheiro e usavam como um meio de controla-lo? Acredito que ele queria contar à família que ele abandonaria a faculdade e se mudaria para outro lugar. Ele provavelmente pretendia dizer isso na cara deles, mas se acovardou e decidiu que simplesmente seguiria em frente”.
Meses após o desaparecimento de Bryce, Karen e Michael contrataram uma investigadora particular, Denise Savastano, especialista em casos de pessoas desaparecidas. Denise acredita que Bryce pretendia voltar para a casa dos pais em Laguna Niguel e baseia essa teoria nas coordenadas de GPS de Bryce.
Denise teoriza que o uso de drogas pode ter levado Bryce a um surto psicótico, e isso explicaria seu comportamento errático. Ela também percebeu que Bryce pode ter sofrido um ferimento na cabeça quando bateu o carro, ficando desorientado.
Ou Bryce pode ter sofrido um golpe duplo: ele estava no meio de um surto psicótico quando bateu, e o ferimento na cabeça – provavelmente uma concussão – agravou seu problema mental.
Denise e a família contrataram um especialista em sonares para realizar buscas nas profundezas do lago Castaic com a suposição de que, se Bryce tivesse se suicidado, o corpo certamente estaria lá. Depois de pesquisar 12 horas por dia durante dois dias, ficou claro que o lago não era o local de descanso final de Bryce.
Karen e Michael Laspisa declararam que não acreditam que seu filho teria partido voluntariamente e, se o fizesse, não teria passado despercebido por mais de seis anos. Mas essa teoria é bastante lógica, com base nas poucas evidências disponíveis.
Bryce disse que tinha algo importante para discutir com seus pais, mas nunca disse a eles o que era. Ele deu pertences pessoais de valor, o que poderia indicar que ele era suicida, mas também poderia indicar que planejava construir uma nova vida e começar do zero como outra pessoa.
Nas horas que antecederam seu desaparecimento, Bryce vagou pela área de Buttonwillow e passou um tempo sentado em seu carro por razões inexplicáveis. Isso pode sugerir várias coisas. Primeiro, ele poderia estar debatendo sobre o que queria fazer – ir para casa, cometer suicídio ou fugir. Ou ele poderia estar esperando por uma carona que nunca apareceu.
Ele parece ter batido deliberadamente com o veículo, mas foi capaz de quebrar a janela traseira e escapar. Ou seu corpo está bem escondido em um local remoto, ou ele se afastou do acidente. É possível que ele tenha pego uma carona com um caminhoneiro na parada aonde seu cheiro foi rastreado.
Ele também pode ter resolvido cometer suicídio. Essa teoria é apoiada pela maioria das evidências que sustentam a teoria de que ele saiu por conta própria. Distúrbios mentais costumam se manifestar durante a adolescência ou o início da idade adulta, e o consumo de álcool e drogas de Bryce pode ter sido o gatilho que trouxe esses problemas à tona.
O celular e a carteira foram encontrados em seu veículo. Se ele tirou a própria vida, ele sabia que não precisaria mais deles. Se ele partiu para começar uma nova vida, ele também pode ter deixado os itens para trás. Ele não precisava mais disso e sem celular, não seria possível rastreá-lo.
Existem outras duas possibilidades que eu considero mais remotas, mas que não posse deixar de escrever aqui. A primeira é que Bryce pode ter testemunhado o assassinato de Lamondre Miles e pago o preço por estar no lugar errado na hora errada. É bem intrigante que um assassinato cruel tenha ocorrido mais ou menos na mesma hora em que Bryce dirigia pela área do Lago Castaic.
E a segunda possibilidade é que Bryce tenha pedido uma carona a um motorista de caminhão ardiloso. Ele pode ter ido para a parada de caminhões, pegado carona para algum lugar e ter sido assassinado. Na verdade, a parada de caminhões abre a porta para a possibilidade de o corpo de Bryce (ou o próprio Bryce) estar em qualquer lugar dos Estados Unidos.
No outono de 2013, meses depois do desaparecimento de Bryce, houve vários avistamentos do adolescente no Oregon, mas a polícia não conseguiu confirmar nenhum deles.
Bryce é um homem branco, ruivo e de olhos azuis. Ele tem 1,60 e aproximadamente 72 kg. Ele tem uma tatuagem de uma cabeça de touro e seu aniversário em algarismos romanos no braço esquerdo. No momento de seu desaparecimento, Bryce vestia uma camiseta xadrez azul e branca, bermuda cargo branca e tênis vermelho da Nike. Você tem alguma teoria própria do que pode ter acontecido com Bryce? Eu adoraria ouvi-los. Dá uma passadinha nas redes sociais do detetive do sofá (@detetivedosofa) e me conta o que você achou desse caso! A gente se encontra na próxima investigação.
Referências:
Chilling Crimes
True Crime Society
Medium
Reddit
Websleuths
Charlie Project
Facebook
LA Times
NBC
Trace Evidence