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O assassino em série que amava jazz

Em 1918 a cidade de Nova Orleans foi abalada por um serial killer conhecido como O Homem do Machado. Em um ano e meio, ele foi responsável por cerca de 6 ataques e 6 mortes. O Homem do Machado atacava suas vítimas enquanto elas dormiam e nunca usou suas próprias ferramentas, somente o que encontrava na casa dessas vítimas. Em uma carta publicada por um jornal da época, o Homem do Machado avisou que quem passasse a noite escutando jazz seria poupado. Dizem que o jazz explodiu em Nova Orleans naquela noite e ninguém foi morto.

Fonte: @rahulk95

Modus Operandi

Como a própria alcunha do assassino indica, as pessoas geralmente eram atacadas com um machado, que pertencia à própria vítima. Na maioria dos casos, o painel da porta dos fundos da casa era removido por um cinzel, que era deixado no chão perto da porta, seguido de um ataque a um ou mais moradores com machado ou navalha, dependendo do que o assassino encontrasse na casa. Os crimes nunca foram motivados por dinheiro, e o autor nunca roubou as casas de suas vítimas.

Exemplo de porta com painel
Fonte: UPVC Company
As mortes causadas por ele eram confusas e violentas, satisfazendo a necessidade de liberar uma raiva incontrolável. Em dois casos, o Homem do Machado cortou a garganta de suas vítimas e cortou suas cabeças com um machado. Embora não houvesse necessidade de fazer as duas coisas, parece que ele gostava do “exagero” e nunca tentou esconder o que fez. Corpos, armas e suas próprias roupas ensanguentadas foram deixados para trás nas cenas de seus crimes.

As vítimas

  • Joseph e Catherine Maggio foram atacados em 22 de maio de 1918 enquanto dormiam. O assassino invadiu a casa e cortou a garganta do casal com uma navalha. Ao sair, ele golpeou a cabeça deles com um machado. Catherine morreu imediatamente, mas Joseph morreu horas depois. No apartamento, policiais encontraram as roupas ensanguentadas do assassino, que vestiu roupas limpas antes de fugir do local. Uma busca foi feita pela polícia e a navalha foi encontrada no gramado de uma propriedade vizinha. A polícia descartou roubo como motivação para os ataques, já que dinheiro e objetos de valor que estavam à vista não foram roubados pelo invasor. A navalha usada para matar o casal pertencia a Andrew Maggio, irmão de Joseph, que tinha uma barbearia. Seu empregado, Esteban Torres, disse à polícia que Andrew havia levado a navalha dois dias antes para que a lâmina fosse afiada. Andrew, que morava no apartamento ao lado da residência do casal, culpou seu estado embriagado por não ter escutado qualquer barulho relacionado aos ataques. A polícia, no entanto, ficou surpresa por ele não ter ouvido o intruso, que fez uma entrada forçada na casa. Andrew Maggio tornou-se o principal suspeito, mas foi liberado por falta de provas e porque vizinhos relataram que um homem desconhecido foi visto espreitando perto da residência antes dos assassinatos.
    Notícia sobre o ataque ao casal Maggio, com a foto deles à esquerda
    Fonte: Criminal Minds Fandom
  • Louis Besumer e sua amante Harriet Lowe foram atacados em 27 de junho de 1918, nos quartos nos fundos da mercearia de Louis. Ele foi atingido por um machado acima da têmpora direita, o que resultou em uma possível fratura do crânio. Harriet foi cortada na orelha esquerda e estava inconsciente quando a polícia chegou ao local. O casal foi descoberto pouco depois das 7 da manhã por John Zanca, que havia ido à mercearia fazer uma entrega de rotina. John encontrou Louis e Harriet em uma poça de sangue. O machado, que pertencia ao próprio Louis, foi encontrado no banheiro do apartamento. Mais tarde, Louis declarou à polícia que estava dormindo quando foi agredido com o machado. Quase imediatamente, a polícia prendeu o potencial suspeito Lewis Oubicon, um homem afro-americano de 41 anos que estava empregado na loja de Louis há uma semana. Não havia evidências que pudessem indicar que o homem era culpado, mas a polícia o prendeu afirmando que Lewis havia oferecido relatos conflitantes de seu paradeiro na manhã do ataque, mas ele foi solto pouco tempo depois por falta de provas. Logo após a tentativa de assassinato, Harriet tornou-se o centro da mídia, fazendo declarações escandalosas e muitas vezes falsas relacionadas aos ataques e à Louis Besumer. O jornal local sensacionalizou Harriet ao descobrir que ela não era a esposa de Louis, mas sua amante. A atenção se voltou para o próprio Louis quando uma série de cartas escritas em alemão, russo e ídiche foram descobertas em um baú na casa do homem. A polícia suspeitava que ele fosse um espião alemão, e funcionários do governo começaram uma investigação completa de sua possível espionagem. Semanas depois, Harriet disse à polícia que achava que Louis era de fato um espião, o que levou à sua prisão imediata, mas dois dias depois, ele foi solto. Apesar do escândalo, Harriet voltou para a casa que compartilhava com Louis. Um lado do rosto dela estava parcialmente paralisado devido à gravidade do ataque. Harriet morreu em 5 de agosto de 1918, apenas dois dias após os médicos realizarem uma cirurgia, em um esforço para reparar seu rosto. Pouco antes de sua morte, ela disse às autoridades que suspeitava que Louis a havia atacado. Ele foi preso novamente em agosto de 1918, acusado de assassinato, e cumpriu nove meses de prisão antes de ser absolvido em 1º de maio de 1919, após uma deliberação do júri que durou apenas dez minutos.
    Mistério! A mulher atacada na casa de Louis Besumer não é sua esposa!
    Fonte: Pocket Sights
  • Anna Schneider foi atacada na noite de 5 de agosto de 1918. Ela tinha 28 anos e estava grávida de 8 meses. Seu couro cabeludo havia sido cortado e seu rosto estava completamente coberto de sangue. Anna foi encontrada depois da meia-noite por seu marido, Ed Schneider, que voltava tarde do trabalho. Anna afirmou que não se lembrava de nada e deu à luz uma menina saudável dois dias após o incidente. O marido disse à polícia que nada foi roubado da casa. As janelas e portas do apartamento parecem não ter sido forçadas, e as autoridades chegaram à conclusão de que a mulher provavelmente foi atacada com um abajur que estava em uma mesa próxima. Um ex presidiário chamado James Gleason foi preso logo depois que Anna foi encontrada. James foi libertado mais tarde devido à falta de evidências e afirmou que fugia das autoridades porque havia sido preso injustamente com muita frequência. Os investigadores começaram a especular publicamente que o ataque a Anna estava relacionado aos incidentes anteriores envolvendo Louis Besumer, Harriet Lowe e Joseph e Catherine Maggio.
  • Joseph Romano era um homem idoso que morava com suas duas sobrinhas, Pauline e Mary. Em 10 de agosto de 1918, elas acordaram ao som de uma comoção na sala ao lado. Ao entrar na sala, as irmãs descobriram que o tio havia levado um golpe na cabeça, que resultou em dois cortes abertos. O atacante estava fugindo quando elas chegaram, e as meninas conseguiram distinguir que ele era um homem de pele escura e corpo pesado, que usava um terno escuro e um chapéu. Joseph foi socorrido e levado para o hospital, mas morreu dois dias depois de traumatismo craniano. A casa havia sido revirada, mas nenhum item foi roubado. As autoridades encontraram um machado sangrento no quintal e descobriram que um painel na porta dos fundos havia sido removido. 
  • Charles Cortimiglia era um imigrante que morava com sua esposa, Rosie, e sua filha Mary no subúrbio de Nova Orleans. Na noite de 10 de março de 1919, foram ouvidos gritos vindos da residência da família Cortimiglia. O vizinho Iorlando Jordano atravessou a rua correndo para investigar. Ao chegar, ele percebeu que Charles, sua esposa e sua filha foram atacados pelo intruso desconhecido. Rosie estava na porta com um ferimento grave na cabeça, segurando a filha falecida. Charles estava deitado no chão, sangrando profusamente. O casal foi levado às pressas para o hospital, onde foi descoberto que ambos haviam sofrido fraturas no crânio. Nada foi roubado da casa, mas um painel na porta dos fundos fora removido e um machado ensanguentado foi encontrado na varanda dos fundos da casa. Charles teve alta dois dias depois, enquanto sua esposa continuava sob cuidados médicos. Ao ganhar plena consciência, Rosie afirmou que Iorlando Jordano e seu filho de 18 anos, Frank, foram responsáveis pelos ataques. Iorlando era um homem de 69 anos que tinha muitos problemas de saúde para ser capaz de cometer os crimes. Frank Jordano, com mais de um metro e oitenta de altura e pesando mais de 100 quilos, teria sido grande demais para caber no painel da porta dos fundos. Charles Cortimiglia negou veementemente as alegações de sua esposa, mas a polícia prendeu pai e filho e os acusou pelo assassinato. Os homens mais tarde foram considerados culpados. Frank foi condenado a enforcamento e seu pai à prisão perpétua. Charles se divorciou de sua esposa após o julgamento. Quase um ano depois, Rosie anunciou que havia acusado falsamente os dois por despeito. Sua declaração era a única evidência contra os Jordanos, e eles foram libertados da prisão logo depois.
    Fotos da família Cortimiglia no jornal após os ataques
    Fonte: Find a Grave
  • Mike Pepitone foi atacado na noite de 27 de outubro de 1919. Sua esposa Esther foi acordada por um barulho e chegou à porta de seu quarto no momento em que um homem grande e empunhado um machado estava fugindo do local. Mike havia sido atingido na cabeça e estava coberto de sangue. Esther disse para a polícia que não conseguiu ver o assassino e não podia descrever nenhuma característica dele. O assassinato de Mike foi o último dos supostos ataques do Homem do Machado.
    Foto do casamento de Mike e Esther Pepitone
    Fonte: Find a Grave

A famosa carta

Em 13 de março de 1919 o Times-Picayune, um jornal de Nova Orleans, recebeu uma carta do Homem do Machado. Ele não apenas ameaçou e insultou a polícia, mas disse ao povo de Nova Orleans que as coisas poderiam ser muito piores. No entanto, a parte mais importante da carta foi uma proposição específica em que ele afirmou que na noite de 19 de março de 1919 ele vagaria pela cidade e pouparia quem estivesse ouvindo jazz. 
 
Inferno, 13 de março de 1919.
 
Estimado Mortal de Nova Orleans,
Eles nunca me pegaram e nunca pegarão. Eles nunca me viram, porque eu sou invisível, assim como o éter que cerca sua Terra. Eu não sou um ser humano, mas um espírito e um demônio das profundezas do inferno. Eu sou o que vocês Orleanos e sua polícia tola chamam de Homem do Machado.
Quando achar melhor, irei reivindicar outras vítimas. Só eu sei quem eles serão. Não deixarei nenhuma pista, exceto meu maldito machado, manchado de sangue e cérebro daqueles a quem enviei aqui para baixo pra me fazer companhia.
Se desejar, peça à polícia que tome cuidado para não me irritar. Claro, sou um espírito razoável. Não me ofendo com a maneira como eles conduziram suas investigações no passado. De fato, eles têm sido tão estúpidos que não apenas me divertem, mas também Sua Majestade Satânica, Francis Josef, etc. Mas diga a eles para tomarem cuidado. Não tentem descobrir o que eu sou, pois seria melhor que nunca tivessem nascido do que incorrer na ira do Homem do Machado. Não acho que exista a necessidade de um aviso assim, pois tenho certeza de que a polícia sempre se desviará de mim, como fizeram no passado. Eles são sábios e sabem como evitar todos os danos.
Sem dúvida, vocês Orleanos pensam em mim como o assassino mais horrível o que eu realmente sou, mas eu poderia ser muito pior se quisesse. Se eu quisesse, poderia visitar sua cidade todas as noites. À vontade, eu poderia matar milhares de seus melhores cidadãos (e os piores), pois tenho um relacionamento próximo com o Anjo da Morte.
Agora, para ser exato, às 12h15 (horário terrestre) da próxima terça-feira à noite, vou passar por Nova Orleans. Na minha infinita misericórdia, farei uma pequena proposta a vocês. Aqui está:
Gosto muito de música jazz, e juro por todos os demônios nas regiões inferiores que toda pessoa será poupada em cuja casa uma banda de jazz estiver em tocando no momento que acabei de mencionar. Se todo mundo tiver uma banda de jazz tocando, bem, muito melhor para vocês. Uma coisa é certa e é que as pessoas que não estiverem ouvindo jazz naquela noite específica de terça-feira (se houver alguém tão tolo) vão receber o machado.
Bem, como estou com frio e anseio pelo calor do meu inferno nativo, e já é hora de deixar seu lar terrestre, cessarei meu discurso. Na esperança de que você publique isso, para que possa correr tudo bem, eu tenho sido e sou o pior espírito que já existiu, de fato ou de ficção.
– O Homem do Machado

Análise da carta

Os jornais publicaram a carta, provocando uma onda de sessões noturnas de jazz organizadas por pessoas que acreditavam poder manter o assassino à distância. Milhares de casas tocavam jazz alto o suficiente para ser ouvido por qualquer assassino que passasse; aqueles que não possuíam aparelhos de som em casa enfiavam-se em clubes e lounges ou iam para casas de amigos. 
 
Sua infame carta ao povo de Nova Orleans mencionava “Sua Majestade Satânica”, “Inferno” e “O Anjo da Morte”, e ele afirmava ser um demônio das profundezas. A associação demoníaca possivelmente aponta para esquizofrenia. A compulsão de escrever ao público e à polícia sugere narcisismo. Também pode ter servido ao propósito prático de confundir a polícia e inundá-la com pistas falsas.
 
Podemos imaginar que o Homem do Machado se deleitava com a atenção. Ele deve ter se sentido muito poderoso ditando os comportamentos de uma cidade inteira com apenas uma carta. Quer a ameaça fosse crível ou não, ninguém morreu de ferimentos de machado naquela noite.
 
Há quem acredite que o autor da carta não era o Homem do Machado, e sim alguém chamado John Joseph Dávila. Ele era músico e compositor de jazz, e logo após a publicação da carta, ele lançou uma música chamada “The Mysterious Axman’s Jazz”, que circulou pela cidade com a arte da capa retratando uma família tocando um piano enquanto procurava por um intruso. Ele ganhou muito dinheiro com a música, e era uma pessoa culta, assim como o escritor da carta. Talvez John Joseph Dávila seja o maior profissional de marketing de todos os tempos, que conseguiu capitalizar e fazer o jazz virar uma sensação local em cima de uma tragédia. 

A arte da capa
Fonte: The line-up

Os suspeitos

Várias pessoas foram suspeitas de serem o Homem do Machado de Nova Orleans, embora as testemunhas pudessem descrever o agressor apenas como “de pele escura”, “corpulento” e usando um chapéu. Inúmeras pessoas enfrentaram interrogatórios, e até algumas das próprias vítimas foram suspeitas, como foi o caso de Louis Besumer. No entanto, as investigações não levaram a lugar algum devido à falta de evidências.
 
A primeira teoria é que nem todos os assassinatos foram obra do Homem do Machado. Alguns especulam que a última vítima, Mike Pepitone, foi morta pela máfia. E, como já foi mencionado, o próprio Louis pode ter sido o atacante de sua amante.
 
A segunda teoria é que o Homem do Machado é uma figura sobrenatural que pode deslizar por pequenas entradas e se tornar o homem grande que testemunha descreve o assassino como sendo (sim, essa realmente é uma teoria que não só circulava a cidade de New Orleans na época, como circula pela internet hoje em dia e tem muitos adeptos).
 
A última teoria é um suspeito legítimo chamado Joseph Mumfre. Se você se lembra do último ataque do Homem do Machado, contra Esther e Mike Pepitone, vai se lembrar que Esther sobreviveu ao ataque e seu marido não. Mais tarde, ela se mudou para Los Angeles e se casou com um homem chamado Angelo Albano. No entanto, no segundo aniversário da morte de Mike, seu marido Angelo desapareceu e nunca foi encontrado. Esther se lembrou que antes do casamento Angelo havia encerrado as relações comerciais com um homem conhecido por muitos nomes, incluindo Leon Manfre e Frank Mumphrey. Mas o que isso tem a ver com o Homem do Machado? Esther foi atrás desse homem, atirou nele e o matou. Quando ela foi presa, alegou que ele era o Homem do Machado e que o vira correndo do quarto na noite do ataque. E havia algumas coincidências que ligavam Joseph à noite da morte de Mike Pepitone. Ele liderou uma gangue de chantagem em Nova Orleans que tinha como alvo italianos, que era muito semelhante ao modus operandi do Homem do Machado. Joseph também esteve dentro e fora da prisão entre 1910 e 1920, mas o tempo em que esteve fora da prisão coincidia com os ataques de Homem do Machado. Apesar disso, não havia provas suficientes para vincular Joseph Mumfre aos crimes.

Joseph Mumfre
Fonte: Find a grave

Uma foto do assassino?

A imagem abaixo é reivindicada como obra de Édouard Martel, um fotógrafo francês que viajou pelos EUA no início do século 20 enquanto testava sua invenção: uma câmera com configurações automáticas de exposição e um mecanismo de obturador conectado a um temporizador ajustável. Essa foto foi uma das muitas fotos tiradas pela câmera de Édouard. Infelizmente, a invenção de Martel não trouxe sucesso – e nem, ao que parece, suas fotos. Ele teria morrido sem dinheiro em 1955, e sua grande coleção foi deixada para sua filha Jeanne.

A foto original
Fonte: The 13th floor
Jeanne estava examinando essa coleção quando ela supostamente encontrou uma foto de 28 de outubro de 1919, que retrata uma fileira de casas ao longo de uma rua vazia de Nova Orleans, possivelmente nas primeiras horas da manhã. Seu pai havia rejeitado a imagem por causa do borrão de movimento que obscurece as características de um homem que pode ser visto entrando em uma das casas. A história afirma que a casa em que o homem misterioso está entrando foi determinada como a residência de Mike Pepitone – a vítima final do Homem do Machado.

A mesma foto, com zoom, focando no homem entrando na casa
Fonte: The 13th floor
Desde que a imagem chegou à web, rumores e teorias começaram a zumbir sobre sua autenticidade, que até o momento não foi confirmada ou negada. Embora exista uma figura famosa chamada Édouard-Alfred Martel, ele não foi um inventor ou fotógrafo fracassado, mas um pioneiro renomado na exploração de cavernas. Por outro lado, o Martel dessa história morreu desconhecido – portanto, se ele realmente existe, nenhuma documentação formal foi encontrada sobre ele até o momento.  

Conclusões

Sem impressões digitais, identificação confiável de testemunhas oculares ou suspeitos plausíveis, as autoridades nunca resolveram o caso do Homem do Machado que havia aterrorizado Nova Orleans. No auge de sua agitação, algumas famílias se revezavam dormindo para vigiar qualquer sinal de entrada forçada e para tocar jazz em alto volume.
 
Tão abruptamente como ele começou a matar, o Homem do Machado parou. Se ele ficou entediado com o assassinato, sucumbiu ao surto de gripe, se mudou, foi assassinado ou preso por um crime não relacionado, nunca saberemos.
 
E se ele era realmente um amante do jazz também será impossível comprovar. Para um homem que gostava de brutalizar pessoas com um machado, o fato de uma cidade ter realizado uma festa barulhenta e ter escrito uma música em sua homenagem pode ter sido satisfação suficiente.

Fonte: The Culture Trip


Referências:
Buzzfeed
The 13th Floor
Mental Floss
All That´s Interesting
WBur
Open Culture

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